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terça-feira, 5 de outubro de 2021

SISPEC VISITA ESCOLAS DA ORLA DE CAMAÇARI

Em visita às escolas da Orla na manhã desta terça-feira, 05/10, o Sispec acompanhou o funcionamento pós-retorno das aulas semipresenciais. Foi a oportunidade de dialogar com o Comitê Escolar sobre o andamento e cumprimento dos protocolos sanitários e pedagógicos, sentindo de perto a realidade da comunidade escolar.
Os diretores do Sispec registraram as demandas observadas em cada unidade de ensino, para em seguida encaminhar aos órgãos competentes.



quarta-feira, 21 de julho de 2021

APÓS LUTA DO SISPEC, PREFEITURA ACATA PROPOSTA DA CATEGORIA

Na tarde de hoje, 21/07, o Sispec apresentou a proposta da categoria para avaliação da prefeitura. A gestão municipal concordou com os pontos apresentados, que foram:
• Imunização dos profissionais da educação obedecendo os 14 dias após 2ª dose. O retorno dos professores e professoras foi adiado para dia 09 de agosto, sem alunos, semana para planejamento e adequação das escolas ao protocolo já construído pela secretaria, momento em que deverão observar as condições da instituição para receber os estudantes.
• A partir do dia 16/08 acontecerá o primeiro contato com um percentual de estudantes.
• Esse contato será apenas para os profissionais da educação que já estiverem totalmente imunizados, o que representará mais de 60% da rede.
• Em setembro se iniciará de fato o ensino semipresencial na rede.
• Além disso, foi informado que a administração municipal irá convocar cuidadores e professores do processo seletivo que foi prorrogado, e contratar mais funcionários terceirizados.

Mantemos o canal de diálogo com os prepostos da prefeitura, acompanhando a situação da saúde pública no município. Esses avanços foram resultado da luta da diretoria do Sispec, defendendo os direitos da nossa categoria e colocando a educação em defesa da vida e da saúde da comunidade escolar e da população como um todo..
Sispec, 34 anos de Lutas

segunda-feira, 28 de junho de 2021

28 DE JUNHO - DIA DO ORGULHO LGBTQIA+

Em defesa da diversidade, da liberdade, do respeito e do amor. Não à LGBTfobia. Pelo direito de SER e de AMAR!



quarta-feira, 26 de maio de 2021

SEMINÁRIO DISCUTE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL

Na tarde dessa terça-feira, 25/05, o Sispec realizou o Seminário sobre Previdência Municipal e os impactos da reforma sobre a aposentadoria de professores (as) ativos (as) e também aposentados (as). O evento aconteceu por via remota, com a participação de palestrantes, observadores e membros da diretoria do sindicato.
O palestrante Pedro Jorge Villas Boas, superintendente do ISSM Camaçari, fez um breve histórico sobre a previdência, e na sequência abordou diversos assuntos de interesse da categoria. Um dos temas explanados foi a Lei 1644/2020 e as mudanças de cálculo para a aposentadoria dos docentes. Ao final da atividade, foram disponibilizados canais de contato com o ISSM para facilitar o diálogo com a categoria.


sábado, 22 de maio de 2021

HOJE É O DIA DO ABRAÇO!

Hoje é o dia de uma das melhores manifestações de carinho, que é o abraço. Nesse momento de pandemia e distanciamento social, não podemos nos abraçar, por isso vamos dar aquele abraço virtual nas mais de 450 mil famílias que hoje estão tristes ou enlutadas. Nosso abraço apertado pra vocês!

quarta-feira, 19 de maio de 2021

SISPEC PARTICIPA DE REUNIÃO AMPLIADA COM PREPOSTOS DA PREFEITURA DE CAMAÇARI

Ao final da tarde dessa terça-feira, 17/05, a diretoria do Sispec participou de reunião ampliada envolvendo prepostos da prefeitura, conselhos educacionais, conselho de saúde e sindicatos, com o objetivo de dialogar sobre o andamento da vacinação para professores e professoras da rede pública municipal. Importante ressaltar que o posicionamento do sindicato é se manter aberto ao diálogo e à construção de protocolos para o retorno seguro, a partir de orientações das autoridades responsáveis pela saúde pública no que diz respeito à preservação da saúde da categoria e da população em geral.
Como saldo positivo, fomos informados sobre a liberação da primeira dose para professores (as), não docentes e terceirizados da educação a partir dos 30 anos de idade. Na oportunidade a secretária informou sobre o andamento da aquisição de computadores para os docentes e enumerou ações realizadas em algumas unidades escolares que também estão em nossas solicitações via ofício.
Continuamos acompanhando as diversas demandas da categoria, tanto por protocolo de documentos ao MP e aos prepostos da prefeitura quanto por reuniões em comitê e em momentos com a participação de diversos segmentos.



segunda-feira, 17 de maio de 2021

NÃO À LGBTFOBIA!

Até 1989, o termo homossexualismo era usado para denominar pessoas que tinham um orientação sexual diferente da heteronormativa, marcando essa parte da população como doentes, o que acirrava ainda mais os preconceitos contra os LGBTQIA+. Finalmente, em 17 de maio de 1990, a luta do movimento LGBTQIA+ conseguiu retirar o termo homossexualismo e mudar para homossexualidade, o que foi uma importante conquista, pois esse termo justificava terapias para impedir que as pessoas LGBTs vivenciassem a sua orientação sexual.
Infelizmente, o preconceito ainda é muito grande, e em se tratando de Brasil os dados são alarmantes: só no ano passado, 449 pessoas LGBTQIA+ foram assassinadas. Portanto é necessário lembrarmos dessa data como marco da luta em defesa da vida e do respeito à diversidade, uma luta em defesa da liberdade e de todas as expressões de amor
Não à LGBTOFOBIA! Pelo respeito à diversidade!
#Sispec34anosDeLutas



quarta-feira, 28 de abril de 2021

FUNDAMENTAL II REALIZA ASSEMBLEIA SETORIAL

Dando continuidade às assembleias setoriais da semana, nesta quarta-feira, 28/04, foi a vez do Fundamental II, na qual uma das principais queixas foi a violação da privacidade, a falta de recursos para o trabalho, o excesso de carga horária sem pagamento de excedentes e a sobrecarga de trabalho. Também foram feitos alguns questionamentos sobre a aplicação dos recursos da Seduc, além da necessidade de fiscalizar as estruturas das escolas.
Em meio às propostas e pressões pelo retorno às aulas presenciais, a categoria continua defendendo a vida e a saúde como prioridades nesse momento da pandemia, sendo fundamental a imunização de todos os profissionais de educação para que essa retomada seja feita com a necessária segurança.




terça-feira, 27 de abril de 2021

FUNDAMENTAL 1 REALIZA ASSEMBLEIA REMOTA

Na tarde desta terça-feira, 27/04, aconteceu assembleia virtual do Fundamental 1, quando foram discutidas questões referentes ao ensino remoto. São grandes as dificuldades enfrentadas pela categoria, tanto pela disponibilidade de equipamentos (computador, internet, etc, todos custeados pelo professor ou professora) como pelo desafio de se adaptar a essa nova realidade, o que vem gerando sobrecarga e estresse para muitos profissionais.
Os educadores levantaram a questão de reformas nas escolas para receber o ensino híbrido, com os necessários ajustes aos protocolos de biossegurança. Questionaram também sobre tarefas e aprimoramentos exigidos pelo ensino remoto, e cobram da Administração municipal o devido suporte material e tecnológico.
A categoria já demonstrou que o retorno presencial só se dará com todos os profissionais da educação imunizados com as duas doses.




segunda-feira, 26 de abril de 2021

SISPEC REALIZA ASSEMBLEIA SETORIAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Nesta segunda-feira, 26/04, aconteceu, via Zoom, assembleia setorial da educação infantil dos professores e professoras da rede municipal de Camaçari. O encontro virtual serviu como troca de informações e depoimentos em que os professores expressaram demandas importantes do processo de ensino remoto, dentre as quais destacamos as relativas a material de apoio pedagógico, material tecnológico, auxiliares de classe e sobrecarga de trabalho nas atividades remotas, que ultrapassam o estipulado.
As tarefas e aprimoramentos exigidos pelo ensino remoto, somados ao estresse do atual momento da pandemia, acabam esgotando física e psicologicamente a categoria, o que é ainda pior sem o suporte material e tecnológico que deveria ser dado pela Administração municipal.
Ao longo da semana seguiremos com as assembleias setoriais, colocando em pauta temas de interesse e apoiando todas e todos nesse momento tenso e desafiador. Vamos em frente na luta por nossos direitos.





sexta-feira, 23 de abril de 2021

SISPEC PARTICIPA DE REUNIÃO SOBRE DECRETO ESTADUAL DE RETOMADA DAS AULAS PRESENCIAIS

Nesta sexta-feira, 23 de abril, aconteceu uma reunião com a participação do prefeito de Camaçari, secretária de Educação, secretário da Saúde, Conselho Municipal da Educação (CME), Conselho do Fundeb, Conselho de Alimentação Escolar, Sispec e Sindsec, cuja pauta foi o decreto do governo do estado que trata do retorno das aulas presenciais.
A reunião começou com a secretária da Educação falando sobre o decreto e a necessidade de discutir sobre ele, pois trata-se de uma decisão que deve ser tomada conjuntamente e respeitando as instituições, além de garantir a segurança.
Em seguida falou o secretário de Saúde, que fez um panorama da situação em Camaçari, afirmando que, apesar de o município estar em uma situação melhor que há 15 dias, e da vacina ter sido aprovada para os profissionais da educação na faixa etária de 55 anos, até o momento Camaçari não recebeu vacinas para este público.
O Sispec reafirmou sua posição de que o retorno ao modo presencial só com a vacinação de todos os profissionais da educação, inclusive terceirizados, ressaltando a necessidade de fortalecer o projeto Mais e Melhor Educação em Casa, sendo seguido na fala pela presidenta do CME e o presidente do Fundeb, que ainda acrescentou observar também o percentual da população vacinada.
Essa reunião foi a primeira para tratar do assunto, e de acordo com a secretária de Educação nos próximos encontros teremos a participação do Conselho de Saúde e do Ministério Público. Há um consenso sobre a necessidade da vacinação, sem esquecer, no entanto, que é fundamental um planejamento para a retomada das aulas presenciais.
O Sispec mantém seu princípio de que essencial é a vida, e a educação tem que estar a serviço da vida. Vamos continuar nossa luta pela vacinação de todos os profissionais de educação, para que o novo normal seja com segurança para toda a comunidade escolar.

REPRODUZIMOS ABAIXO A NOTA CONJUNTA SOBRE A REUNIÃO DE HOJE:


Camaçari, 23 de abril de 2021

NOTA CONJUNTA

Após reunião ocorrida na data de hoje, convocada pelo Poder Publico Municipal, através do Gabinete do Prefeito de Camaçari, da Secretária Municipal de Educação e do Secretário Municipal de Saúde, para discutir as determinações do Decreto Estadual n. 20.400 de 18 de abril de 2021 — que em seu art. 4º estabelece que as atividades letivas, nas unidades de ensino, públicas e particulares, poderão ocorrer de maneira semipresencial, conforme disposições editadas pela Secretaria da Educação, nos Municípios integrantes de Região de Saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI se mantenha, por 05 (cinco) dias consecutivos, igual ou inferior a 75% (setenta e cinco por cento), com realização das atividades letivas semipresenciais condicionadas à ocupação máxima de 50% (cinquenta por cento) da capacidade de cada sala de aula e ao atendimento dos protocolos sanitários estabelecidos — o Conselho Municipal de Educação de Camaçari, o Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb, o Conselho Municipal de Alimentação Escolar, o Sindicato dos Professores e Professaras da Rede Pública Municipal de Camaçari e o Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Camaçari vêm, através desta Nota Conjunta, manifestar posicionamento sobre o retorno semipresencial ou presencial das atividades letivas, entendendo que deve estar condicionados à vacinação completa (1ª e 2ª dose) de todos os profissionais de educação atuantes no município, com respeito aos indicadores de ocupação de leitos, já sinalizado no decreto, e com o progressivo aumento da vacinação da população geral adulta. As instituições entendem também que a Prefeitura Municipal deve potencializar os esforços para ampliar o atendimento aos estudantes da Rede que, por motivos diversos, ainda não foram contemplados pelo Programa Mais e Melhor Educação em Casa e também ampliar a instrumentalização dos profissionais para a aplicação do programa. Reiteram-se os esforços e compromissos desta Prefeitura — através das Secretarias de Educação e Saúde — em cuidar da população desta Cidade e a certeza do bom encaminhamento das ações governamentais neste momento tão complexo da história humana.

quinta-feira, 8 de abril de 2021

NOTA DE SOLIDARIEDADE

O Sispec se solidariza ao coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, e às entidades sindicais do ramo petroleiro, assim como repudia a direção da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) pela punição arbitrária e ilegal imposta ao dirigente sindical no dia 5 de abril. Deyvid Bacelar foi suspenso por 29 dias por estar exercendo o legítimo direito de representação durante a paralisação da categoria contra a privatização da refinaria.
E esse não é um caso isolado. O Sindipetro e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) denunciam que a atual gestão da Petrobras vem perseguindo sistematicamente os trabalhadores e seus representantes sindicais. Não podemos aceitar que o arbítrio e o autoritarismo prevaleçam na condução da maior empresa estatal do país.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

FELIZ PÁSCOA!

A todos e todas que compartilham a fé cristã, o Sispec deseja que a Páscoa seja o momento de reflexão e crescimento espiritual, para fortalecer a solidariedade e renovar a esperança por dias melhores. Nesses tempos difíceis e dolorosos, é hora de darmos as mãos e cuidarmos uns dos outros, na luta por um amanhã mais alegre e luminoso. #Sispec34AnosDeLutas


terça-feira, 30 de março de 2021

MARÇO MULHER: ESTOU VEREADORA, ESTOU DIRETORA SINDICAL, ESTOU DEPUTADA... E AGORA?

Em março comemoramos o Mês da Mulher, e talvez seja um momento para refletirmos o conceito de sororidade, não apenas conceitualmente, como também no que se refere à ação. Por isso resolvi falar um pouco de mim, pode não ser tão interessante, mas é a vida real como a de diversas mulheres. Vou começar do início, não muito numa ordem cronológica, somente para compreender algumas questões. Nasci em uma cidade com apenas 13 mil habitantes, num povoado com 300 habitantes, que só tinha até a 4ª série. Pensar em ir além disso era um sonho distante e podado por acharem que estávamos divagando, numa época em que o ensino fundamental II só tinha na cidade e não havia a universalização da educação. Quem geria o ensino fundamental e médio eram as entidades filantrópicas, geralmente ligadas à Igreja, que poderia fornecer bolsas parciais. Mas para nós da zona rural era uma ousadia pensar nisso, a não ser que nos submetêssemos a morar na casa dos “ricos” da cidade, fazendo as tarefas domésticas em troca de tentar ir à escola.
Felizmente eu tinha um tio que foi um exemplo para mim e que sempre dizia o seguinte: “A única riqueza que levamos com a gente é o estudo”, então ele conseguiu com todas as dificuldades abrir uma porta, levando seu filho e sua filha para uma casa simples na cidade, e que mostrou o caminho para o restante da família, nesse caso a sobrinha, como eu, e os outros sobrinhos, com isso conseguimos, com todas as adversidades, ir seguindo.
Sempre fui muito estudiosa e também sonhadora, tinha ainda aquela ilusão do querer é poder, não tinha a menor noção das diferenças de classe e raça, então na minha cabeça tudo dependia de mim porque aprendi assim. Lembro que até o primeiro ano de magistério (porque o ensino médio também era só magistério), nunca tinha ouvido falar em vestibular e para que servia, até quando um amigo que tinha poder aquisitivo mais elevado me falou desse “monstro”. Naquela época, muitos iam cursar direito em Governador Valadares (MG), mas eu, como era o poço da “prepotência”, já tinha buscado me informar sobre vestibular e qual era a melhor universidade do País, que para mim era a USP, e eu, pobre menina do interior, que fiz magistério em uma escola pública (aí já havia tido uma mudança e tinha passado a ser público), iludida com otimismo exacerbado ia fazer jornalismo na USP, e aí eu já queria mudar o mundo.
Saí do interior aos 19 anos com a cara e a coragem e fui morar em São Paulo, com a fixação de entrar na USP. O primeiro entrave que encontrei foi com quem iria morar e como iria pagar minhas contas, então passei por diversos empregos precários que eram o que hoje tenho a compreensão de terceirizado, só que a forma lá eram agências de emprego que pegavam para Nestlé, Nadir Figueiredo, entre outras. Trabalhávamos 3 meses, aí já éramos encaminhados para outra empresa para não criar vínculo, e fiquei nessa por mais de um ano. Não tinha desistido do meu sonho, mas já tinha levado um balde de gelo e sentido a realidade. Procurei os cursinhos pré-vestibulares, todos extremamente caros, que meu salário precário não me permitia pagar, mesmo tendo descontos. Tinha um cursinho gratuito na USP, mas eu morava de um lado da cidade e o cursinho era do outro, quem conhece São Paulo sabe o que é morar na zona norte e ir para a zona oeste, que era onde ficava a Cidade Universitária, não conseguindo fazer o cursinho no pouco tempo que eu tinha e estudava com uns módulos que consegui com as poucas pessoas que tinham entrado na USP. Fiz a inscrição para jornalismo, um dos 3 cursos mais concorridos da USP, que só entrava a elite. Mesmo as porradas não me tiravam o restante de esperança que tinha, certamente não passei e resolvi adiar um pouquinho o meu sonho para buscar um emprego que pudesse dar o mínimo de decência, então consegui entrar em uma financeira. Inicialmente tinha entrado em uma vaga para loja, na parte onde fica o crediário, mas com menos de um mês fui chamada para trabalhar na empresa internamente, pois tinha sido a melhor no treinamento e eles queriam que eu fosse aprovadora de crédito. Gostei do reconhecimento, apesar de sofrer as piadinhas machistas por ter um bom desempenho, pois matemática, segundo a visão deles, era matéria de homem, então uma mulher não podia se dar bem naquilo, no meu caso particular matemática de fato não era o meu forte, não pelo motivo que eles falavam, mas por ter feito magistério, que não tinha aprofundamento em matemática. Só que eu tinha feito 2 anos de contabilidade e a matemática de lá era financeira, consegui me dar bem, fiquei lá por mais um ano e meio, consegui até ser promovida para treinamento dos novos, entretanto meu sonho de estudar estava sendo deixado de lado, vi que estava indo para um caminho que não me completava, e a morte do meu avô, com quem eu era muito apegada, me fez decidi retornar a meu sonho.
Queria recomeçar de outra forma, teria que ressignificar, e como sabia que geralmente no início do ano havia demissões na empresa, conversei com meu chefe que me incluísse nas demissões, ele hesitou, tentou me convencer, mas tinha certeza de que o que eu queria não estava ali, então retornei para a Bahia. Nessa época a minha cidade tinha uma casa de estudante na capital, então fui morar lá na casa, onde encontrei várias amigas e amigos que tinham os mesmos sonhos que eu e demos as mãos. Investi minha rescisão no cursinho e no que eu precisava para me manter ali, mas mesmo me dedicando muito não consegui passar em jornalismo, que na Ufba também era um dos cursos mais concorridos, e mais uma vez tive que recuar, porque precisava de dinheiro pra me manter na capital. Foi quando surgiu o concurso para recenseador do IBGE em 2000, e resolvi fazer para meu interior, porque assim ficaria em casa e poderia juntar o dinheiro para me manter em Salvador no ano de 2001 e só me dedicar a estudar. Então fiquei no interior e nesse período houve uma atividade que se chamava Ufba em Campo, era um curso de vereadores, mas ministrada por alunos de ciência política e sociologia. Essa atividade mudou minha vida, não na questão política, porque eu já sabia qual era o meu lado desde muito nova, mas isto é outra história. Esse curso mudou minha vida porque tomei consciência sobre qual era o curso que de fato eu queria fazer e que a minha perseguição por jornalismo era apenas uma visão equivocada do que de fato eu queria. Foi aí que retornei em 2001 decidida a fazer ciências sociais, já não retornei para casa de estudantes, porque por conta de perseguições políticas o companheiro Rogério Athayde (in memorian) nos abrigou em um apartamento em localidade centralizada que nos permitia a locomoção a pé para todos os lugares, inclusive na biblioteca pública dos Barris, e ainda conseguimos um bom desconto no Curso Integral, que também tinha companheiro lá, além das regalias de poder ir em outros horários para estudar.
Então finalmente passei no vestibular, mas nesse decorrer Rogério Athayde faleceu e tivemos que sair do apartamento. Porém, como parece que na minha vida naquele momento as coisas iam se encaixando, fiz a inscrição na residência universitária da UFBa e fui selecionada. A residência foi uma das melhores universidades que tive, lá tínhamos que conviver com pessoas dos mais diversos cursos, de todas as regiões da Bahia, além de muitas de outros estados, por lá construí diversas amizades, desconstruí muitos preconceitos, participamos ativamente da vida política da universidade, ocupamos o serviço de seleção e a Reitoria. Participamos de uma das maiores greves de estudantes da Universidade, bem como participamos dos movimentos da política de cotas. A residência universitária era onde surgiam e eram debatidas todas as atividades política da UFBA, pois além dos residentes participarem ativamente, os movimentos estudantis sempre se organizavam lá. Era lá que ficávamos contando quantos conselheiros tínhamos no Conselho Universitário e no Cosepe a favor dos estudantes, além de procurarmos instrumentos para convencer os outros.
Talvez tenha até me perdido um pouco para poder tentar chegar aonde quero, que é na aplicação da sororidade, na empatia e no entendimento de que para as mulheres estarem em alguns espaços há um discurso de sororidade, mas que na realidade a reprodução da sociedade patriarcal está presente em todos os momentos. Estou falando isso porque compreendo a necessidade de repensarmos nossas ações e deslegitimação das pessoas, sem compreender cada passo dado, cada passo conquistado e como nos impedem e nos sabotam. Estou hoje ocupando a presidência de uma instituição sindical, só me coloquei à disposição desse cargo no momento em que me senti preparada, não foi algo recebido de bandeja, foi construído passo a passo com muitos estudos, participação em cursos, em movimentos, busca de entendimento das leis educacionais, porque, ao contrário do que muitos e muitas pensam, as leis voltadas para educação, desde artigos da constituição, LDB, Fundef, Fundeb, Lei do Piso e outras, todas, foram fruto da construção de educadores e educadoras, e Jurídico e Legislativo só para revisão e colocar os termos de lei. Por isso ninguém melhor para entender de lei da educação do que educadores e educadoras. Todos e todas são capazes por conhecer a realidade e necessidade. Nos esbarramos em discursos de que sindicatos têm que ser apolíticos, sem entender que a instituição na sua essência é uma instituição política baseada no princípio da igualdade, da equidade, da justiça, que todas e todos precisam se compreender como trabalhadores e trabalhadores, e não estamos dissociados de nenhuma categoria, que a luta por direito é única, só assim nos fortalecemos. Mais uma vez fujo do que eu gostaria de dizer, que são as dificuldades de ocupar um espaço como a presidência de um sindicato, isso já começou lá atrás, antes da eleição, quando surgiram pequenos cards colocando como a louca e desequilibrada, porque uma mulher ousar ocupar um espaço e falar com mais firmeza, ou até mesmo ter que falar em um tom mais alto, quando se está no meio de muitos homens, vem logo a frase: calma, você tá muito nervosa, enquanto eles te cortam na sua fala o tempo todo, exatamente para poder falar essa frase. Foram muitos ataques nesse sentido, além da tentativa de nos tachar como intransigente, que não conversa, não negocia, quando nunca nos furtamos de participar de nenhuma reunião, de conversar com ninguém. Certamente temos uma concepção política e um lado, entretanto não deixamos de conversar ou participar de nada, esse é o nosso papel enquanto instituição. Hoje quando buscamos avaliar vemos como as pessoas não percebem a reprodução dessas atitudes patriarcais, buscam não avaliar a conjuntura tão adversa, que nesse momento a luta é para não perder direitos, mesmo assim, ganhamos umas perdemos outras, mas a conjuntura atual é bem diferente de 5 anos atrás, então não se consegue avaliar achando que a política do espetáculo vai fazer as coisas mudarem. Enquanto não compreendermos que estamos em um sistema capitalista, em um governo federal de ultradireita, um governo municipal de direita, que a realidade de 5 anos era outra, as lutas tinham outra motivação que era a ampliação de direitos, não a luta para não perder direitos. O remédio não são as receitas prontas, achar que estou oferecendo a receita ou achar que o Judiciário pode resolver. O momento é de consciência de classe, de unidade, de não se sentir melhor do que outro, hoje o ataque é geral, é a todos os sindicatos, independentemente de a qual central pertença, por isso as formações de diversas frentes progressistas, seja de partido, de movimento social, de sindicatos, sem isso não chegaremos a lugar algum. Ficar atacando uns aos outros é o caminho da autodestruição, ninguém sairá ileso dos ataques, a conta chega e direitinho pra todo mundo, ou compreendemos quem são nossos inimigos e nossas inimigas ou estaremos fadados ao fracasso de pôr em prática o projeto político que desejamos.
Por fim, quero voltar ao assunto principal que é buscarmos de fato exercer o que pregamos que é a sororidade, é entender que temos uma categoria majoritariamente feminina, que é a segunda mulher que está na presidência de uma entidade em momentos totalmente distintos, a primeira numa gestão progressista, a outra em uma gestão de direita, com os mesmos atores que já haviam praticado as mesmas perversidades até 2004, e que a forma de reconstruirmos é através de princípios e concepções políticas, de ideais, não do achismo desconectado do que é preciso discutir de fato, que é a luta por uma sociedade justa e igualitária, e cada um e cada uma sabendo qual o seu papel nessa retomada, se aprofundando no que se propõe, para não fragilizar todo um grupo.
Somos forjados na luta, nunca nos furtamos dos embates, tudo é construção, é aprendizado, é busca, e essa busca é pautada na ética, no respeito em princípios, que alguns talvez desconheçam. Nunca nos pautamos pelo oportunismo, ou pela falsa luta coletiva, que muitas vezes o individual sobrepõe ao coletivo. A luta da classe trabalhadora é universal, e estamos aqui abertos a essa luta, como sempre estivemos abertos a debates que sejam em prol de uma educação pública, laica e acima de tudo transformadora e por uma sociedade justa e igualitária.
Viva a classe trabalhadora, viva todas as mulheres, que mesmo com as adversidades e opressões, vêm lutando incansavelmente para serem reconhecidas em todos os espaços de poder, combatendo o patriarcado e o machismo.

#OrgulhoDeSerMulher
#GratidãoPorTudo
#ForaBolsonaro

Márcia Eulaine Lima Novaes

(Professora, Cientista Social, Especialista em Política de Gênero e Raça; Presidenta do Sispec; Secretária Estadual de Cultura da CUT-BA; Formadora Sindical da CUT e membro do Fórum Estadual da Educação)

sexta-feira, 12 de março de 2021

PL 006/2021: DEMAGOGIA E IRRESPONSABILIDADE

O vereador Dílson Magalhães Júnior (PSDB) anunciou em suas redes sociais que apresentou o Projeto de Lei 006/21, em autoria conjunta com o vereador Júnior Borges (DEM), que torna serviço essencial as aulas presenciais nas redes pública e privada no município. O PL foi apresentado à Câmara Municipal de Camaçari nessa quinta-feira, 11/03.
O referido projeto é, no mínimo, bizarro, além de mostrar que os dois vereadores desconhecem o universo da educação. A rede municipal de Camaçari está com aulas remotas desde maio de 2020, com grande esforço e proatividade de professoras e professores em face das dificuldades
trazidas por essa nova realidade.
Transformar em serviço “essencial” as aulas presenciais é um mero exercício de retórica, pois a educação, por si só, é uma atividade essencial. Além de ser uma medida demagógica que revela IRRESPONSABILIDADE com a saúde de educadores, estudantes e de toda a comunidade. O retorno às aulas presenciais, como vem sendo amplamente discutido por profissionais da educação e da saúde, deve ser baseado em dados científicos, com todas as medidas preventivas e protocolos de biossegurança.
Em vez de querer mostrar serviço ao prefeito Elinaldo (como bons serviçais que são), os citados vereadores deveriam apresentar projetos ou iniciativas que atenuem o sofrimento da população, propondo ações como pagamento de auxílio emergencial, ampliação de leitos hospitalares, reforço nas unidades de saúde do município e medidas socioeducativas para evitar a disseminação do vírus. E o mais importante neste momento: a defesa da VIDA e a VACINAÇÃO em massa.
Para fortalecer a educação em plena pandemia, os vereadores deveriam focar num projeto de qualificação para o ensino remoto, oferecendo os indispensáveis instrumentos de trabalho aos educadores e educadoras da rede municipal, que estão utilizando computadores, celulares e rede de internet particulares.
O Sispec, como representante da categoria, sempre defenderá que a educação esteja ao lado da vida. Defendemos a vacinação para toda a população, assim como a colocação de professores e professoras como grupo prioritário para imunização.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

ASSEMBLEIA DISCUTE MOBILIZAÇÕES E O NÃO RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS

O Sispec realizou hoje, 23/02, às 10h, uma assembleia pela plataforma Zoom, cuja pauta foi a discussão de pontos importantes como: informes sobre reivindicações, mobilizações nacionais, covid-19 e o risco de retorno às aulas, além de trazer parcerias.
A assembleia foi iniciada informando sobre a luta contra a PEC 186 Emergencial, que impacta diretamente nos recursos da educação e da saúde, num contexto em que traz mais arrocho para os servidores públicos. Também foram abordados aspectos relevantes das demandas legais, nas quais a categoria tem solicitado urgência na resolução de pendências (ver ofício anexo).
Foi informado que o Sispec está tentando viabilizar parceria com uma seguradora de plano de saúde, contemplando a possibilidade de pagamento via boleto, já que muitos servidores e servidoras nesse momento se encontram sem margem salarial e precisam cuidar da saúde.
Professores e professoras também tiveram seu momento de fala, trazendo angústias de estarem sendo convocados a comparecer na unidade escolar, justamente no momento em que Camaçari está com 100% das unidades de saúde lotadas por incidência da covid-19. Portanto temos que continuar trabalhando de forma remota para evitar um caos maior e proteger as vidas. Foi mencionada também a criação do coletivo de combate ao racismo.
Desejamos a todos e todas um período de férias acalentador e revigorante, e que possamos voltar firmes e fortes. Se possível, todos vacinados, afinal todas as vidas importam!
No retorno realizaremos um seminário sobre a reforma da Previdência de Camaçari.
#Sispec34AnosdeLutas

NÃO ÀS REUNIÕES PRESENCIAIS!

Camaçari é hoje, na Bahia, o segundo município em número de casos de contaminação pelo coronavírus, além de ter 100% de suas UTIs ocupadas. O governo do estado adotou medidas mais enérgicas no sentido de proteger a vida, pois o sistema de saúde, público e privado, já tem 80% de ocupação de suas UTIs.
Com esse cenário, não compreendemos o motivo de algumas escolas insistirem em chamar professores e professoras para comparecer às unidades escolares e participar de reuniões presenciais. É hora de a secretária de Educação mostrar sensibilidade, no sentido de proteger a vida dos (as) profissionais e da comunidade escolar. Sugerimos, portanto, o não comparecimento das colegas e dos colegas à escola, e que façam as reuniões on-line utilizando plataformas conhecidas e acessíveis.
A situação é muito grave, não podemos ignorar os enormes riscos trazidos pela covid- 19. Temos que fazer a nossa parte e contribuir para acabar com a pandemia. Use máscara. Fuja de aglomerações.
#VidaEmPrimeiroLugar #FiqueEmCasa



sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

ENCONTRO VIRTUAL DISCUTE LEI 10.639/03

Nessa quinta-feira, 11/02, o Sispec realizou uma discussão virtual bastante proveitosa sobre a importância da aplicabilidade da Lei 10.639/03, que propõe novas diretrizes curriculares para o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, ressaltando a importância da cultura negra para a formação da sociedade brasileira. A palestrante convidada foi a professora Ieda Leal.
Participaram da reunião vários professores e professoras da rede municipal de Camaçari, que contribuíram de forma significativa na abordagem do tema, enriquecendo o debate. O Sispec agradece a todos e todas pela participação no encontro, desde já contando com esse apoio para a criação do nosso Coletivo Quilombo, um espaço para abordar e aprofundar as questões étnicas e raciais, inclusive no contexto da educação pública. #Sispec34AnosDeLutas



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

A VIDA EM PRIMEIRO LUGAR

O Sispec, desde o início da pandemia, tem feito a defesa em favor da vida, tanto de educadoras e educadores quanto de estudantes, profissionais da educação e de toda a sociedade camaçariense. Foram encaminhados documentos com sugestões para a gestão municipal buscando formas de amenizar o sofrimento de tantas famílias, que além de perderem entes queridos ainda ficaram sem emprego e com poucas possibilidades de sobreviver.
Na educação, desde o início, professoras e professores se doaram no sentido de encontrar alternativas para diminuir as lacunas deixadas pela pandemia. Muitos se reinventarem, tendo que aprender a lidar melhor com as tecnologias, mesmo sem nenhum suporte de internet, computadores e telefones, somando-se a isso a sobrecarga de trabalho e a violação da sua privacidade, pois a educação remota emergencial requer muito mais tempo e invade nossos lares.
No entanto, apesar das dificuldades, professoras e professores estão dando seu sangue e suor para fazer seu trabalho. Em muitos momentos ouvimos de alguns – que desconhecem nosso trabalho e não sabem o que é o chão da escola nem a rotina dos educadores e educadoras – que professor (a) está recebendo sem trabalhar, quando na verdade nosso trabalho foi triplicado, causando muitas vezes estafa e doenças mentais severas. Nesta semana vimos o presidente da Câmara de Camaçari pedindo o retorno das aulas presenciais, parecendo ignorar a situação da covid-19 no município e a falta de um plano de combate à pandemia, tendo inclusive 100% de UTI ocupadas, UPAs superlotadas e pessoas com sintomas sem acesso aos testes, um verdadeiro descaso com aqueles que mais necessitam.
Salientamos que não é da vontade da categoria estar fora da sala de aula e trabalhando em casa, continuando a ter sua casa invadida pela tripla jornada. Porém é o instrumento que temos atualmente para promover a interação com os estudantes e defender a vida de todas e todos da comunidade escolar, cumprindo os protocolos de segurança. Queremos, sim, retornar à sala de aula o mais breve, mas para isso é necessário defender a vacina para toda a população e colocar os profissionais de educação nos grupos prioritários. A educação tem que caminhar lado a lado com os valores fundamentais do ser humano, como a vida e a saúde.
#VidaEmPrimeiroLugar #VacinaçãoParaTodos

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

SISPEC ENVIA OFÍCIOS SOBRE REVISÃO DE 1/3 DE FÉRIAS E REUNIÕES PRESENCIAIS

A conjuntura atual de um governo federal negacionista e genocida, que vive perseguindo os movimentos sindicais, sociais e partidos de esquerda, tem dificultado muito as nossas ações em todos os aspectos, pois persegue também servidores e servidoras retirando seus direitos e tentando fragmentar a classe trabalhadora, que em alguns momentos cai em armadilhas imediatistas e espetaculosas. E isso, é claro, não contribui nem constrói, apenas divide.
Em Camaçari não é diferente, todos e todas sabem que o objetivo da gestão, desde o princípio, segue o mesmo modelo do presidente genocida. No período de pandemia tudo piorou, pois o estado emergencial abre brechas dando poderes amplos à Administração. O que não pode acontecer é a fragmentação e a culpabilização de quem não é culpado, desviando o foco do verdadeiro responsável, ou seja, fazendo o que realmente é o desejo deles.
Desde o início da pandemia o Sispec tem feito diversas ações no sentido de proteger a categoria, seja judicialmente, seja na busca de negociação, porém o descaso da gestão municipal com a educação e com os cidadãos camaçarienses é notória. Nesse sentido, mais uma vez estamos divulgando ofícios entregues à Seduc e ao Ministério Público com o objetivo de continuar priorizando a vida e atender às demandas de interesse da categoria.
DEFENDER A VIDA É DEFENDER A CATEGORIA!


quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Desde 2017, logo após o golpe contra Dilma Rousseff, o governo federal vinha tentando aprovar a reforma da Previdência. Com a luta das centrais e dos sindicatos fazendo diversas mobilizações, paralisações e greve geral, a resistência conseguiu adiar esse processo, mas, infelizmente, em 2019 a tropa de choque governista alcançou seu objetivo. A reforma mexeu com a vida da classe trabalhadora, tanto os trabalhadores e trabalhadoras ativos quanto os aposentados. 
Houve um desmonte total na Previdência pública, toda a massa trabalhadora foi atingida em cheio, principalmente no que se refere ao aumento da idade mínima para aposentadoria e da alíquota de contribuição. Camaçari já havia iniciado reforma semelhante em 2017, quando foi aumentada para 14% a alíquota dos servidores e servidoras da ativa. Esse percentual começou progressivamente em 2018 com 1% ao ano, e chegando agora em 2020 a 14%. 
No dia 18 de novembro, a Administração de Camaçari enviou à Câmara Municipal a nova reforma, em caráter de urgência. O Sispec buscou fazer a mobilização da categoria, indo para a Câmara na tentativa de impedir esse retrocesso, como também tentou junto aos vereadores e ao coordenador do ISSM amenizar os impactos. No entanto eles estavam irredutíveis, e no dia 03 de dezembro foi aprovada a famigerada reforma, incluindo o aumento da alíquota dos aposentados para 14%. Do total de 21 vereadores de Camaçari, apenas os 5 parlamentares da oposição votaram contra: Marcelino, Teo, Jackson, Dentinho, Binho e Oziel.
O Sispec estava lá, junto com a categoria, que foi impedida de entrar no plenário da Câmara. É importante ressaltar que, apesar das restrições causadas pela pandemia, o sindicato se mobilizou junto às comissões da Câmara no sentido de alterar vários pontos do projeto de lei, porém enfrentamos um governo truculento que não dialoga nem respeita os servidores e servidoras municipais. Para piorar, nas últimas eleições a composição da Câmara ampliou a base de apoio a Elinaldo, com vereadores que apenas dizem amém ao seu senhor.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

ALERTA DO SISPEC SOBRE REUNIÕES PRESENCIAIS

O Sispec alerta aos professores e professoras que, enquanto a pandemia avança com a segunda onda, Camaçari tem seus leitos de UTI 100% ocupados, e alguns profissionais do magistério estão com covid-19, além dos profissionais de educação e terceirizados. A Seduc, após investir milhões em equipamentos tecnológicos para a educação remota emergencial, insiste em convocar reuniões presenciais pondo em risco a vida de todos e todas. O Sispec já enviou ofícios e documentos tanto para o Ministério Público quanto para a secretaria, além de colocar essa questão nas reuniões envolvendo essa e outras secretarias, nas quais foi dito pela secretária de Educação que qualquer encontro presencial só seria realizado de forma excepcional e obedecendo escala. 
Porém não é isso que está acontecendo, e a categoria, que tem feito um esforço enorme para cumprir seu papel, continua em pânico e sofrendo os efeitos psicológicos da pressão e do medo. Não entendemos o motivo da não efetivação das reuniões on-line, que são o instrumento utilizado pela própria secretaria em suas reuniões. 
Salientamos que essa posição da Administração contraria diversos decretos, além de desrespeitar os protocolos básicos de segurança sanitária. O Sispec e a categoria exigem respostas e providências da Seduc e demais gestores municipais. Estamos juntos na defesa da vida e da saúde.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

NOTA DE INDIGNAÇÃO DO SISPEC

A educação é uma ciência que exige conhecimento técnico, assim como experiência na área. Embora isso não garanta uma boa gestão, é necessário como elemento básico para uma missão tão importante, 
principalmente levando em conta a complexidade de uma rede municipal de educação como a de Camaçari. Portanto, é fundamental ter expertise para lidar com as demandas e as especificidades da área. 
Nada disso foi considerado pela gestão Elinaldo ao nomear o subsecretário de Educação de Camaçari, entregando o cargo a alguém sem o perfil profissional exigido para a tarefa. O prefeito optou pelo improviso e pela aventura, o que, para a educação do município, pode trazer consequências negativas. 
O Sispec sempre lutou, entre outras coisas, pela qualidade da educação pública, por isso é inaceitável que um subsecretário de Educação não seja da área. Infelizmente estão banalizando a educação, pois muitos e muitas que nunca pisaram em uma sala de aula se consideram aptos a dar pitaco sobre temas que não conhecem. Isso é a real tradução do descaso e da falta de projeto na área educacional por parte do gestor municipal de Camaçari. 
A nomeação de uma pessoa que não é educador/a é um desrespeito com professoras e professores e com a comunidade escolar como um todo. Quem cuida da educação não é médico, advogado, engenheiro ou qualquer outro profissional, quem cuida da educação é o/a educador/a.
Manifestamos nossa indignação com mais essa medida descabida do prefeito Elinaldo, cuja administração sempre colocou a educação em plano inferior e nunca valorizou os professores e professoras municipais.