Esse processo, certamente, é estimulado pelo movimento
Escola Sem Partido que organiza eventos, produz conteúdo digital divulgado em
seu sítio eletrônico etc. e patrocina ações legislativas que estimulam a
coação, o constrangimento e a censura aos professores de História em todo o
território nacional. Já temos registro de casos de professores que sofreram e
ainda sofrem esse tipo de ação.
No momento, três casos nos preocupam profundamente.
O primeiro é o do Colégio Pedro II na cidade do Rio de
Janeiro. Lá, professores de História, há alguns meses, foram interpelados pelo
Ministério Público Federal, que acaba de abrir um processo administrativo
contra esses servidores públicos federais por supostos delitos.
O segundo é o processo civil contra a professora Marlene de
Faveri no Estado de Santa Catarina, por suposta propaganda do feminismo em sua
atividade docente.
E, finalmente, o afastamento da atividade docente do
Professor José Mineiro da rede pública estadual do Rio Grande do Sul, em função
também do conteúdo de sua atividade docente.
Todos esses eventos de censura e perseguição a professores
são baseados principalmente na "crença" do "Escola sem
Partido" de que os docentes estariam fazendo "doutrinação
esquerdista" dos seus alunos.
A ANPUH registra sua indignação com a desvalorização e a
criminalização do trabalho dos profissionais da História presentes nesse tipo
de ação e chama a atenção para os resultados catastróficos para o futuro da
democracia e do pensamento crítico e emancipador na sociedade brasileira.
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