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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

SISPEC MARCA PRESENÇA EM ATO CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA EM SALVADOR


O Sispec participou do ato público contra a reforma da previdência, que aconteceu na manhã dessa quarta-feira, 20/02, em frente ao prédio da Previdência Social no Comércio, em Salvador. O evento foi organizado pelas centrais sindicais e mobilizou sindicatos, entidades do movimento popular e estudantil e trabalhadores de várias categorias. Esse ato faz parte do calendário de luta contra a reforma da Previdência, com o lema "Se botar pra votar o Brasil vai parar", como preparação para a greve geral. 
Segundo Márcia Novaes, presidenta do Sispec, "essa reforma atingirá em cheio a categoria de professoras e professores, pois sendo uma categoria maioritariamente feminina o aumento da idade mínima e a retirada da aposentadoria especial vai massacrar nossa categoria. Precisamos construir os movimentos e mobilizar a base contra a retirada de direitos, além de incorporar a narrativa, conversando com nossos alunos e alunas, mães, vizinhos e colegas para fortalecer a luta, que é de toda a classe trabalhadora". 
RETROCESSO - O projeto de reforma enviado ao Congresso impõe maior tempo de trabalho e aumenta a idade mínima para a aposentadoria, que será de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, com contribuição por 40 anos. Pela regra atual, os trabalhadores podem se aposentar por idade ou por tempo de contribuição. No critério por idade, a regra é de 65 anos para homens e 60 anos para mulheres, com tempo mínimo de contribuição de 15 anos.Por tempo de contribuição, hoje são necessários 30 anos para mulheres e 35 anos para homens, sem exigência de idade mínima. 
Hoje, a carteira de trabalho e previdência social (CTPS) é garantia do vínculo empregatício, com direito ao 13º salário, FGTS, seguro-desemprego e férias remuneradas, dentre outros benefícios. A reforma cria a carteira de trabalho "verde e amarela", sem garantia de direitos, em que empregador e empregado organizam a forma de trabalho de acordo com a enganosa reforma trabalhista. 
Na Previdência atual, todos depositam em um mesmo fundo e todos os trabalhadores têm direito, são assegurados e podem se aposentar. A proposta do governo pretende implantar um modelo de capitalização da Previdência, espécie de poupança, modelo de alto custo que fracassou em outros países, a exemplo do Chile, onde a sociedade, depois de 30 anos, luta para retirar.

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