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segunda-feira, 30 de julho de 2018

EM DEBATE, SISPEC DESMONTA ARGUMENTOS DOS GESTORES SOBRE SITUAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA EM CAMAÇARI

Na última quinta-feira (26/07), o radialista Roque Santos abriu os microfones do seu programa Bahia no Ar, na rádio Sucesso FM, para que representantes do Sispec e da Administração de Camaçari debatessem a situação da educação no município. A categoria dos professores e professoras municipais está em estado de greve contra a proposta de zero por cento de reajuste salarial pelo segundo ano consecutivo, as pendências sobre vários pontos das pautas de reivindicações e o impasse nas negociações.
Pelo lado da Administração, estiverem presentes os secretários de Governo, José Gama Neves; da Fazenda, Joaquim Bahia; e da Educação, Neurilene Martins. Representando o Sispec, participaram o presidente Jorge Freitas e a secretária geral Márcia Novaes. O professor Freitas abriu a discussão lembrando que há duas pautas de reivindicações pendentes: a de 2017 e a de 2018, para as quais não houve avanços nas reuniões da Mesa Permanente de Negociação (MPN). O secretário José Gama Neves argumentou que todos os pontos estão sendo debatidos, mas levando em conta a situação financeira do município. A secretária geral do Sispec, profa. Márcia Novaes, enfatizou que a atual Administração retirou direitos dos servidores, desrespeita o Plano de Carreira dos docentes e se esquiva ao jogar a responsabilidade para as gestões anteriores. Lembrou ainda o aumento do desconto previdenciário do ISSM para os servidores, que subiu de 11% para 14%, o que aumentou as perdas da categoria
As falas dos gestores procuravam apelar para a crise econômica atual e a queda na arrecadação para justificar o não atendimento da maior parte das reivindicações, o que era de pronto rebatido pelos representantes sindicais. O presidente Jorge Freitas chamou a atenção para o encolhimento salarial dos docentes e dos demais servidores, além da não progressão na carreira por conta do congelamento de pontos como gratificação por aperfeiçoamento profissional, que não avançam nas negociações. E solicitou ainda o pagamento total dos retroativos em agosto, já que não incide sobre os cálculos do limite prudencial, e o agendamento urgente de reunião para discutir essas pendências.
Também foi lembrado sobre o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, que vem sendo alvo de alterações, a exemplo da retirada dos trabalhadores terceirizados na definição desse limite, o que dá aos municípios uma margem maior para as despesas com a folha de pessoal.
A secretária Neurilene Martins enumerou algumas ações voltadas para a educação, como a aprovação de recursos para requalificação de escolas na orla e na sede e a melhora na merenda escolar. O prof. Jorge Freitas ressaltou o aumento de 147% na folha dos cargos comissionados da atual gestão de Camaçari, enquanto os servidores efetivos sofrem arrocho nos salários. O sindicalista também condenou o uso de alimentos embutidos, como a salsicha, na merenda escolar de Camaçari.
Em síntese, nesse debate os representantes do Sispec desmontaram os argumentos dos gestores municipais e deixaram claro que há um grande retrocesso na situação da educação de Camaçari, inclusive com a imposição de perdas aos profissionais da educação, sendo, portanto, legítima a mobilização dos professores e professoras em sua luta por valorização e pelos direitos conquistados.

Clique aqui para assistir à íntegra do programa.






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